Monofisismo

O Monofisismo (do grego μονο = unico)é uma doutrina cristológica do século V, elaborada por Eutiques em reação ao Nestorianismo, admitia em Jesus Cristo uma só natureza, a divina.

Esta doutrina, considerada heresia para os segmentos majoritários do cristianismo, era originária do Egito e estendeu-se progressivamente à Palestina e à Síria. Erronemente é comum no ocidente dizer que as Igrejas não-Calcedonianas ( Igreja Apostólica Armênia; a Igreja Ortodoxa Síria; e a Igreja Ortodoxa Copta, do Egito e da Etiópia) são monofisitas, mas na realidade são miafisitas.

Nestório

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Nestório (380451), patriarca de Constantinopla. Acreditava que em Cristo há duas naturezas distintas.

Nestório foi um monge que se tornou patriarca de Constantinopla em 428. Ele rejeitava a utilização do termo Theotokos, uma palavra muito usada para referir-se a Maria e que significa literalmente “Mãe de Deus”. Esta não foi uma discussão de caráter mariológico, mas sim cristológico, Nestório se opôs ao termo não porque exaltasse a pessoa da Virgem Maria, mas porque abordava a divindade de Cristo de tal maneira que poderia ofuscar sua natureza humana. Para solucionar o problema Nestório sugeriu um novo termo – Cristotokos (“Mãe de Cristo”) afirmando com isso que Maria não foi progenitora da divindade mas apenas da humanidade de Cristo. “Para chegar a isto, ele fez de Cristo um homem em quem, a exemplo de gêmeos siameses, a natureza divina e humana estavam combinadas numa união mais mecânica que orgânica.” A discussão promoveu intrigas e manobras políticas que terminaram na convocação do terceiro concílio ecumênico, que ocorreu em Éfeso no dia 7 de junho de 431. A polémica ficou mais uma vez em torno dos alexandrinos e antioquenos, estes apoiavam Nestório enquanto os primeiros se opuseram fortemente. O concílio terminou em 433 com parecer favorável a Alexandria, quando o patriarca de Constantinopla foi exilado e posteriormente transferido para um oásis no deserto do Líbano onde ficou até o fim de sua vida e o termo Theotokos, designado a Virgem Maria, se tornou dogma da igreja, como sinal de ortodoxia, tanto para a igreja do oriente quanto à do ocidente.

Foi excomungado e deposto pelo papa Celestino, em 430. Nestório também era contra o culto de imagens — admitia, apenas, a representação da cruz e de Cristo — condenava a confissão (ver Sacramento) e negava a existência do purgatório.

Foi um escritor fecundo, mas quase todos os seus sermões foram queimados por ordem do imperador Teodósio.

 

Ário

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Ário ou Arius (n. 256 – f. 336 ) foi o fundador da doutrina cristã do arianismo. Foi um presbítero cristão de Alexandria.

Arius defendia a seguinte doutrina da Cristologia:

  • Que o Logos e o Pai não eram da mesma essência (Ver:Trindade)
  • Que o Filho era uma criação do Pai
  • Que houve um tempo em que o Filho (ainda) não existia

Arius foi aluno de Luciano de Antioquia, um celebrado professor do cristianismo e um mártir da sua fé. Numa carta ao Bispo Alexandre de Constantinopla, Alexandre, Patriarca de Alexandria escreveu que Arius derivou a sua heresia de Luciano.

Apesar do carácter de Arius ter sido severamente assaltado pelos seus opositores, Arius parece ter sido um homem de um caracter ascético, de moral pura, e de convicções.

Em 318 houve uma discussão entre o Bispo Alexandre de Alexandria e Arius, porque este último acusava Alexandre de Sabelianismo. Num Concílio que Alexandre convocou de seguida, Arius foi condenado.

Arius tinha no entanto numerosos apoiantes e a disputa espalhou-se desde Alexandria por todo o Oriente. Ao mesmo tempo, Arius encontrou refúgio e o apoio de Eusébio de Cesareia.

Para restabelecer a união entre os cristãos, o Imperador Constantino I convocou o Primeiro Concílio de Niceia em 325, onde a doutrina de Arius acabou por ser condenada como herética.

Arius foi expulso, tendo no entanto a sua banição sido anulada pela influência do Bispo Eusébio de Nicomédia em 328, o mesmo ano em que Atanásio se tornou Bispo de Alexandria.

Em 335 Arius seria supostamente reabilitado. Ele declarou-se de acordo em subscrever a doutrina de Niceia, que ele tinha recusado anteriormente. Antes de poder receber a comunhão em Constantinopla, morreu subitamente.

De acordo com o relatório de Sócrates Scholasticus (História da Igreja, I, XXXVIII), o Metropolita Alexandre de Constantinopla (314337), pediu, em conflito de consciência que a ordem do imperador lhe causara, que matassem Arius ou a ele antes que a comunhão tivesse lugar.

Alguns povos seguiram a doutrina de Arius até ao século VII. Com a conversão de Chlodwig à fé romana de Atanásio, por motivos de ordem estratégica, deixaram de ser arianos. A problemática da Trindade permanece em aberto até hoje.

Dogmas da Igreja Católica

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No Catolicismo, o dogma é uma verdade revelada por Deus. Com isto o Dogma é imutável e definitivo (não pode ser revogado). Para que um ensinamento da Igreja seja considerado um dogma são necessárias duas condições:

1- A Existência de Deus

“A idéia de Deus não é inata em nós, mas temos a capacidade para conhecê-Lo com facilidade, e de certo modo espontaneamente por meio de Sua obra”

2- A Existência de Deus como Objeto de Fé

“A existência de Deus não é apenas objeto do conhecimento da razão natural, mas também é objeto da sobrenatural ”

3- A Unidade de Deus

“Não existe mais que um único Deus ”

4- Deus é Eterno

“Deus não tem princípio nem fim”

5- Santíssima Trindade

“Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e cada uma delas possui a essência divina que é numericamente a mesma ”

6- Jesus Cristo é verdadeiro Deus e filho de Deus por essência

“O dogma diz que Jesus Cristo possui a infinita natureza divina com todas suas infinitas perfeições, por haver sido engendrado eternamente por Deus.”

7- Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam

“Cristo é possuidor de uma íntegra natureza divina e de uma íntegra natureza humana: a prova está nos milagres e no padecimento”

8- Cada uma das naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria operação física

“Existem também duas vontades físicas e duas operações físicas de modo indivisível, de modo que não seja conversível, de modo inseparável e de modo não confuso”

 

 

9- Jesus Cristo, ainda que homem, é Filho natural de Deus

“O Pai celestial quando chegou a plenitude, enviou aos homens seu Filho, Jesus Cristo”

10- Cristo imolou-se a si mesmo na cruz como verdadeiro e próprio sacrifício

“Cristo, por sua natureza humana, era ao mesmo tempo sacerdote e oferenda, mas por sua natureza Divina, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, era o que recebia o sacrifício.”

11- Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz

“Jesus Cristo quis oferecer-se a si mesmo a Deus Pai, como sacrifício apresentado sobre a ara da cruz em sua morte, para conseguir para eles o eterno perdão”

12- Ao terceiro dia depos de sua morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos

“ao terceiro dia, ressuscitado por sua própria virtude, se levantou do sepulcro”

13- Cristo subiu em corpo e alma aos céus e está sentado à direta de Deus Pai

“ressuscitou dentre os mortos e subiu ao céu em Corpo e Alma”

14- Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada

“A criação do mundo do nada, não apenas é uma verdade fundamental da revelação cristã, mas também que ao mesmo tempo chega a alcançá-la a razão com apenas suas forças naturais, baseando-se nos argumentos cosmológicos e sobretudo na argumento da contingência.”

15- Caráter temporal do mundo

“O mundo teve princípio no tempo ”

16- Conservação do mundo

“Deus conserva na existência a todas as coisas criadas ”

17- O homem é formado por corpo material e alma espiritual

“a humana como comum constituída de corpo e alma”

18- O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação

“Pecado, que é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus descendentes por geração e não por imitação, e que é inerente a cada indivíduo”

 

19- O homem caído não pode redimir-se a si próprio

“Somente um ato livre por parte do amor divino poderia restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo pecado

20- A Imaculada Conceição de Maria

“A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi por singular graça e privilégio de Deus omnipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original”

21- Maria, Mãe de Deus

“Maria gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce, ou seja, o sujeito nascido não tem uma natureza humana, mas sim o suposto divino que a sustenta, ou seja, o Verbo. Daí que o Filho de Maria é propriamente o Verbo que subsiste na natureza humana; então Maria é verdadeira Mãe de Deus, posto que o Verbo é Deus. Cristo: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem”

22- A Assunção de Maria

“A Virgem Maria foi assumpta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela descomposição.”

23-A Igreja foi fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo

“Cristo fundou a Igreja, que Ele estabeleceu os fundamentos substanciais da mesma, no tocante a doutrina, culto e constituição”

24- Cristo constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça visível de toda Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado da jurisdição

“O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado Pedro e tem o primado sobre todo rebanho”

25- O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente em coisas de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja

“Conforme esta declaração, o poder do Papa é: de jurisdição, universal, supremo, pleno,
ordinário, episcopal, imediato”

26- O Papa é infalível sempre que se pronuncia ex catedra

“Para compreender este dogma, convém ter na lembrança:

Sujeito da infalibilidade papal é todo o Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor de Pedro e não outras pessoas ou organismos (ex.: congregações pontificais) a quem o Papa confere parte de sua autoridade magistral.

O objeto da infalibilidade são as verdades de fé e costumes, reveladas ou em íntima conexão com a revelação divina.

A condição da infalibilidade é que o Papa fale ex catedra:

– Que fale como pastor e mestre de todos os fiéis fazendo uso de sua suprema autoridade.

– Que tenha a intenção de definir alguma doutrina de fé ou costume para que seja acreditada por todos os fiéis. As encíclicas pontificais não são definições ex catedra.

A razão da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o supremo mestre da Igreja de todo erro.

A conseqüência da infalibilidade é que a definição ex catedra dos Papas sejam por si mesmas irreformáveis, sem a intervenção ulterior de qualquer autoridade.”

27- A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes

“Estão sujeitos à infalibilidade: – O Papa, quando fala ex catedra – O episcopado pleno, com o Papa cabeça do episcopado, é infalível quando reunidoem concílio universal ou disperso pelo rebanho da terra, ensina e promove uma verdade de fé ou de costumes para que todos os fiéis a sustentem”

28- O Baptismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo

“Foi dado todo poder no céu e na terra; ide então e ensinai todas as pessoas, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”

29- A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento

“Este Sacramento concede aos batizados a fortaleza do Espírito Santo para que se consolidem interiormente em sua vida sobrenatural e confessem exteriormente com valentia sua fé em Jesus Cristo.”

30- A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo

“Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar e de reter os pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do Batismo”

31- A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a salvação

“Basta indicar a culpa da consciência apenas aos sacerdotes mediante confissão secreta”

32- A Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo

“Aquele que come Minha Carne e bebe Meu Sangue tem a vida eterna”

33- Cristo está presente no sacramento do altar pela Transubstanciação de toda a substância do pão em seu corpo e toda substância do vinho em seu sangue

Transubstanciação é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a outra. Cessam as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular diferente das conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão e do vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem mudar: continuamos vendo o pão e o vinho, mas substancialmente já não o são, porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, Alma e Divindade de Cristo.”

34- A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo

“Existe algum enfermo entre nós? Façamos a unção do mesmo em nome do Senhor”

35- A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo

“Existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos, Presbíteros e Diáconos

36- O matrimónio é verdadeiro e próprio Sacramento

“Cristo restaurou o matrimónio instituído e bendito por Deus, fazendo que recobrasse seu primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o a dignidade de Sacramento.”

37-A Morte e sua origem

“A morte, na atual ordem de salvação, é consequência primitiva do pecado”

38- O Céu (Paraíso)

“As almas dos justos que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de pecado entram no céu”

39- O Inferno

“As almas dos que morrem em estado de pecado mortal vão ao inferno”

40- O Purgatório

“As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais ou por penas temporais devidas pelo pecado vão ao purgatório. O purgatório é estado de purificação”

41- O Fim do mundo e a Segunda Vinda de Cristo

“No fim do mundo, Cristo, rodeado de majestade, virá de novo para julgar os homens”

42- A Ressurreição dos Mortos no Último Dia

“Aos que crêem em Jesus e comem de Seu corpo e bebem de Seu sangue, Ele lhes promete a ressurreição”

43- O Juízo Universal

“Cristo, depois de seu retorno, julgará a todos os homens.”